Henrique Frade
Falar da Fundação Ormeo Junqueira para mim começa na figura do patrono e termina na Mônica. Eu tive o prazer de conhecer o Dr. Ormeo e perceber como sua sabedoria foi absorvida por sua neta.
A Mônica e seu principado, como nós chamávamos, fez uma obra independente e transformadora, no sentido da abertura de mercado para artistas e seu entorno, além de mostrar à região novas formas de manifestações artísticas.
Curioso, na Fundação as colaboradoras mulheres eram bravas e briguentas.
Ela ria comigo dessa história. Era o contrário dela.
Nós temos admiração muito grande pela sua inteligência. Ela nasceu numa família de engenheiros. Ali 2 + 2 são sempre 4. Para ela podia ser qualquer coisa.
Aí, levou vantagem, percebeu que o sucesso dos engenheiros nas suas contas era de onde podiam surgir produtos artísticos disponibilizados para todos, em nome da Energisa, dos governos federal e estadual através das leis de incentivo à cultura.
Foi buscar de seu sobrenome Botelho, planta aquática, citada por Pero Vaz de Caminha, na Carta de Caminha, a vontade de se lançar ao mar, assim levou a Fundação para Portugal e África lusófona.
Nos divertimos com nossa irresponsabilidade anárquica.