Com Mônica Botelho na Fundação Ormeo Junqueira Botelho, na vida.
Paulo Rogério Lage – Pascoa de 2024
Convidado a mandar texto para o blog da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, texto a contar um pouco da história de minha participação com Mônica nessa profícua instituição, me lembrei da fala que fiz nos 35 anos da Fundação, 20 anos do Centro Cultural Humberto Mauro.
Naquela ocasião, cheguei à conclusão, me lembrando da letra da música “Olho d’água” de Paulo Jobim e Ronaldo Bastos, música que por minha indicação faz parte do ballet “Último Trem” do Grupo Corpo, que o melhor a fazer era lembrar os amigos conquistados através de Mônica nesta jornada hoje já de mais de 25 anos, amigos e familiares que por admirar generosamente compartilhou, compartilha.
É uma das características de Mônica ter no trabalho seus amigos, mas para isso antes admirar a forma de trabalhar dos que se tornará amigos. Alguém poderia pensar que Mônica trabalhava só com amigos, mas a verdade é a posta acima: entender e respeitar a forma de trabalhar de seus parceiros e aí com admiração os tornar amigos.
E de novo lembrando “Olho d’água”, à forma de chamada: Zé Tunin, Henrique Frade, Zé Marcelo, Ronaldo Werneck, Marquinhos, Edinea, Maria Lúcia, Mantovani, Eugênio, Vicente, Giorelli, Zé Maria, Alexandre Moreira, Gilca, Marta Porto, Cesar Piva, Alessandra, Claudinho, Stella, Dr. Ivan, Ricardo, Cota, Mauricio e Cintia, Clarinha, Gabriel, Neném, Pingulin, Maria Júlia, Marquinhos Pimentel, Djalma, Newtinho, Marcão, Luís Carlos Lacerda, Nelson Pereira dos Santos, Ivelise, Fausto, Pedro Marcos…
Tantos!
Cresceu o mundo da mineira Cataguases-Leopoldina, transformada na brasileira Energisa, mas a Fundação Ormeo Junqueira Botelho e o recém-criado Instituto Energisa têm rumo por Mônica dado: manter a origem: Minas! E o melhor daqui!
Como foi prazeroso montar no CINEPORT em Lagos uma mostra de Arte Popular Mineira; fazer nos 300 anos de Cuiabá, um espetáculo do Grupo Corpo; encher a Sala São Paulo com a música de Milton e Brant.
Para Mônica era, e é fundamental manter a originalidade e a exigência intelectual e artística da Cataguases Modernista, que o Polo Audiovisual recria; manter foco na Educação, com o lema que criou para nosso grupo Ágora, slogan que emprestado peguei para a Escola Saramenha Artes e Ofícios que mantenho em Ouro Preto: “dos mais velhos o legado, aos mais novos o aprendizado”.
Mesmo em seu retiro atual – quanto desejamos mantenha a força com que vive doce e feliz – novos amigos criados, que sei admiraria o trabalho e as tornaria da “família”: Delania, Tatiana…
Guardo com carinho uma reportagem do jornal Estado de Minas em que Mônica numa entrevista sobre seu trabalho na Fundação me coloca como responsável por fazer seu reencontro com os Gerais, com as Minas. Sempre a generosidade como sua única forma de viver, generosidade que é própria dos de sua família, dos de sua terra, e aí mais uma música vem falar, Mônica!
Do saudoso amigo Fernando Brant “Milagre dos Peixes”, música que faz parte de um de nossos trabalhos conjuntos, como já citado acima, o espetáculo “Quem perguntou por mim”, versão orquestral de músicas de Milton com a poesia de Brant, trabalho que lotou salas em Belo Horizonte, Ouro Preto, Rio e São Paulo:
“…eu tenho esses peixes e dou de coração,
eu tenho essas matas e dou de coração…”
Assim é a amiga/irmã Mônica Peres Botelho! Essa a marca que colocou em suas ações na Fundação Ormeo Junqueira Botelho. Fossem em Cataguases ou Leopoldina, a origem; fossem em Lagos, João Pessoa, Cuiabá….